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Cerca de 50 crianças são violentadas por dia

Durante o primeiro trimestre deste ano


Elsa Bárber, que falava durante uma marcha onde centenas de crianças de Luanda repudiaram a violência sexual contra si, avançou que, no período em referência, foram averbados 4.836 casos de violência a menores, sendo 504 situações relacionadas a abusos sexuais, com uma média de dois registos por hora. A secretária de Estado revelou que, até Dezembro de 2021, foram registados um total de 199.552 crianças vítimas de diferentes tipos de violência doméstica, sendo que destes 50 por cento foram menores do sexo feminino e 8.490 trataram-se de violações sexuais.
Elsa Bárber revelou tais dados, durante a marcha que juntou centenas de crianças de Luanda, em repúdio à violência sexual contra criança. Na ocasião revelou que em termos de média do numero global de vítimas registadas 11.086 casos foram por mês e 370 por dia e 15 por hora.  
Apesar da situação não estar controlada, a secretária de Estado considerou que os casos estão a reduzir, porque tem havido um maior envolvimento das famílias, instituições de toda sociedade e da própria criança, principalmente, na denúncia e resposta aos casos de violência.
Elsa Bárber realçou que o Governo tem procurado apelar que o atendimento de todos os casos judiciais sobre a violência doméstica contra a criança sejam céleres, evitando, assim, a revitimização do menor.
A secretária de Estado recomendou que se trabalhe mais nas famílias, tendo em conta que a melhor forma de tratar do problema da violência contra a criança é impedir que os casos aconteçam. “Cada pessoa, adulto, governante, político, líder religioso, professor e outros  profissionais, independentemente das suas culturas, situação económica, social ou crença devem pôr fim a este mal que vitimiza as nossa crianças”, apelou.
A marcha, saliente-se, marcou o Dia Internacional das Crianças Inocentes Vítimas de Violência, que é celebrado, anualmente, a 4 de Junho, com o objectivo de evidenciar e reconhecer a realidade e as vicissitudes dos menores.
 
Fonte: JornalDeAngola

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